Thursday, 19 April 2007

Risoto de Maçã Verde com Curry e Gengibre

O Rei da Quinzena é o Gengibre. A receita que segue nasceu de maneira natural e a combinação de ingredientes muitíssimo me agradou: ficou diferente, delicada e exótica ao mesmo tempo.

Faz-se mister trazer à baila que o gengibre utilizado foi daquele em pó. Para usar o fresco, será necessário reduzir drasticamente a quantidade, pois o nosso Rei, quando ralado na hora, tem sabor ainda mais predominante e forte.

Ingredientes para duas barrigas:

1 colher de sopa de manteiga
1 colher de sopa de azeite
1 cebola picadinha
1 xícara de arroz arbóreo
1 xícara de vinho branco
1 maçã verde em cubos (usei da variedade Granny Smith)
2 colheres de sopa rasas de curry em pó
1 colher de sobremesa rasa de gengibre em pó
1 litro de água fervente
2 colheres de sopa de passas sem sementes
50 g de bom queijo parmesão ralado no ralo grosso
sal a gosto
pimenta rosa para salpicar

Como fazer:

1. Leve ao fogo uma panelinha com a água para ferver.
2. Enquanto isso, derreta a manteiga com o azeite e deite ali a cebola picada. Um bom truque é jogar uma pitada de sal, assim a cebola transpira e não se deixa dourar facilmente.
3. Quando a cebola estiver transparente, junte o arroz e dê uma remexida para que os grãos fiquem envoltos na manteiga. Adicione também a maçã em cubos.
4. Chegou a hora das especiarias: polvilhe sobre o remexido os pós de gengibre e de curry. Resista à tentação de adicionar mais temperos nessa hora, pois os danados ficarão mais fortes à medida que se aquecerem. Mexa bem.
5. Adicione o vinho, que a essa altura do refogado deve fazer uma verdadeira revolução de borbulhas, aroma e sons. Aguarde até que evapore e prossiga com a feitura do risoto.
6. Daqui para a frente, vamos adicionar a água fervente aos poucos. Uma concha de água, várias mexidas com a colher de pau até secar novamente, mais uma concha de água e assim sucessivamente até quase acabar a água.
7. Os grãos de arroz ainda deverão estar um pouco durinhos, e é assim mesmo que deve ser. Adicione as passas, remexa.
8. Quando achar que os grãos estão quase-quase cozidos, desligue o fogo. É que o risoto fica assim, uma sopa seca, mas os grãos ainda devem ser identificáveis pelos sentidos da visão, do tato e do paladar. Adicione o queijo ralado e remexa até perdê-lo de vista.(Os risotos tradicionais, nessa hora, levam cubinhos gelados de manteiga que são incorporados com a colher de pau. Esse processo é chamado de emulsificação. Como nossas cinturas já estão emulsificadas o suficiente e a receita se mostrou agradável em textura e sabor, abdiquei desse tanto de manteiga. O Leitor e a Leitora podem fazer como for de seu agrado.)
9. Prove e corrija o sal. Sirva imediatamente, com salpicos de pimenta rosa e um gostoso fio de azeite.

Preciso confessar que minha expectativa com relação a essa invencionice era altíssima e foi ainda assim superada. Pretendo repetir a feita sem nada modificar, tamanha a satisfação com o resultado.

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